CRUZ E SOUSA
In MARES AFORA... - Poemas - Trovas - Haicais, Débora Novaes de Castro, VipWork Editora, São Paulo, 2010, p. 21. Homenagem ao poeta, João da Cruz e Sousa em seu Centenário de morte (1898-1998). João da Cruz e Sousa (1898-1998)
CRUZ E SOUSA
(1861-1898)
Relendo os sonhos do gentil poeta
feitos em alvos versos, docemente,
recordo o vulto que como uma seta,
creio, atingiu sidéreos certamente.
E nas alturas, atingida a meta
dos anjos louros que levou na mente,
recebe a senha tida por secreta,
dizer POETA pura e simplesmente.
E Cruz e Sousa, no esplendor profundo,
sem as mazelas todas deste mundo,
vive as alvuras, prêmio todo seu.
E canta em versos, um amor fecundo,
a reviver, segundo por segundo,
o lírio branco, que jamais colheu.
***
19/03/1998
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